quinta-feira, 1 de junho de 2017

Apresentação da Rede Raft Angola

Os maiores desertos médicos do mundo estão na África Subsaariana e no Sul da Ásia :  a Organização Mundial da Saúde estima que carecem 2 milhões de profissionais de saúde para tornar o desenvolvimento de sistemas de saúde funcionais uma realidade. Se olharmos para a situação mais de perto , vemos que os médicos estão concentrados nas capitais desses países , e até mesmo na ausência de trabalho , preferem optar por migrar para o norte em vez de se estabelecer em áreas rurais de seus respectivos países. Neste contexto, os pacientes são obrigados a se deslocarem às grandes cidades,quando podem,  às vezes enfrentando viagens longas e duras.
Em 2000, os jovens médicos no Mali, dispostos a trabalhar em áreas rurais nos lançaram um desafio: “com as vossas ferramentas informaticas , apoiem os médicos que se vão estabelecer na periferia , para que possam manter o contacto com os médicos especialistas e outros colegas , continuar a sua educação , pedir conselhos nas consultas de casos complexos, para decidir se o paciente realmente precisa ser evacuado para a cidade. Ajudem-nos a transferir o conhecimento e experiência ao invés dos pacientes e dos médicos. ”
Depois de certos projectos-piloto no Mali e na Mauritânia, em 2003 se lançou a Rede de Telemedicina em África francófona ( do Frances «Réseau en Afrique Francophone pour la Télémédecine», abreviado RAFT). O termo RAFT se traduz do Inglês como jangada, um barco um quanto básico, mas que supera um obstáculo e permite alcançar a outra margem . E esta é certamente a estratégia escolhida : usar ferramentas informaticas simples e robustas, adaptadas às condições locais para facilitar a comunicação , colaboração e formação a distancia  para acabar com o isolamento dos profissionais de saúde e melhorar as suas condições de trabalho e por conseguinte a sua eficácia, aumentando assim a qualidade do serviço prestado aos pacientes.
Hoje, em 2014, a rede RAFT conta com a participação de mais de um miliar de profissionais em uma vintena de países africanos: são seguidos cursos de educação continua, é solicitado apoio a distância para a interpretação de radiografias , imagens ecografícas, electrocardiogramas, fotografías de lesões cutáneas, ou para obter conselhos sobre a gestão de casos complexos

quarta-feira, 20 de junho de 2012

CABINDA SEUS NOMES E PROVENIENCIAS


A bordo da nau “Senhorada Atalaia", um navegador europeo chamado Ruy de Sousa, em cumprimento das ordens de Diogo Cão, subiu a costa de Africa, a partir do Zaire, e mandou lançar ferro ao largo de uma terra chamada Tchiuna, pequeno porto de pesca e senhoria de Mafuca Binda o senhor da terra.
A armada em que partiu Ruy de Sousa saiu de Lisboa em 17 de Dezembro de 1490 e era comandada por seu tio, Gonçalo de Sousa. Tendo Gonçalo de Sousa falecido durante a viagem. toma o comando da armada Ruy de Sousa, que chega ao Zaire a 29 de Março de 1491.
E seria já em 1491, logo depois da sua chegada, que Ruy de Sousa teria fundeado no Golfo das Almadias ou Baía das Almadias, nos mapas de Diogo Homem e de Pigafetta, que ainda estava muito longe de ser conhecida por Bala de Cabinda.
Almadias, como se sabe, eram e são as pirogas, canoas escavadas em troncos de árvores. Ainda hoje a Baía de Cabinda, com as suas abundantes canoas, continua a ser uma Baía de Almadías!...
Diogo Cão, visitou e deu o nome às seguintes terras: “As duas Moutas (Mamas de Banda), a Praia Formosa de S. Domingos (Loango), a Ponta Branca (Lândana), a Ponta da Barreira Vermelha (Malembo) e o Cabo do Paúl."
Não consta, pois, que Diogo Cão tivesse parado na Baía das Almadias, a nossa actual Baía de Cabinda.
Há, de facto, uma forte tradição muito seguida de que teria sido Ruy de Sousa, no ano de 1491, o primeiro navegador europeo a fundear no Golfo ou Baía das Almadias. Muitos outros depois dele por cá teriam passado, não tanto, primariamente, para negócios, mas para se Proverem de água doce.
De quando data o nome de Cabinda e de onde provém?
O nome de Cabinda parece ter sido dado antes pelos Europeos do que pelos Nativos. Cabinda só aparece entre os nativos depois de estarem em contacto com os Europeos.
Há quem faça derivar a palavra Cabinda e com certa base, da união da última sílaba da dignidade de Mafuca com o nome de um Chefe Binda que tinha essa mesma dignidade de 'Mafuca (que era ministro do Rei de Ngoio e não o dono da terra de "Cabinda"). Daí Mafuca Binda teria dado origem a Cabinda. E, na verdade não vemos muito mais de onde se possa fazer derivar a palavra.
Mafuca era como que um Intendente Geral do Comércio, nomeado pelo Rei de Ngoyo, e que em nome dele tratava, sobretudo com os Europeos, dos assuntos de comércio e transacções.
Já se encontra em escritos do Século XVI e XVII o nome de “Kapinda" para designar a terra e porto de Cabinda.
Mas o nome de Cabinda é mais usado pelos europeus do que pelos naturais. Era, queríamos dizer, que hoje se lhe não dá outro nome.
Mas ainda na época de 1940 era mais fácil ouvir se dizer a um nativo do interior "Vou a Kiona (Tchioua e não Tchiuna) do que Vou a Cabinda".
Kioua (Tchioua) designava praça, mercado. E ninguém pode negar que Cabinda foi grande: mercado de escravos (parece que mais frequentado, para esse fim, por europeus Ingleses, Franceses e Holandeses. Mas não só escravos. Comércio de peixe, de produtos da terra, de panos “lubongo" e de sal que corriam pelo Interior como moeda. O sal era mercadoria pertencente aos senhores grandes da costa. Era conseguido o sal através da água do mar, fervida em grandes panelas de ferro. E, como era monopólio dos grandes, os pequenos nem água podiam extrair do mar!...
Nestes negócios estava sempre metido, em nome do Rei, o Mafuca.
Cabinda também foi conhecida por Porto Rico. Porto Rico pertencia à família Franque, que, por várias causas, se tornou rica e poderosa, não sendo o negócio da venda de escravos a menor fonte dessa riqueza.
Porto Rico era o lugar onde hoje se encontra o Palácio do Governo de Cabinda. Foi comprado esse lugar de Porto Rico à Família Franque, em Março de 1885.


Fotos da Cidade e outras áreas de Cabinda

CABINDA
 
Apesar das dificuldades e de todos os condicionamentos, ninguém supera o Cabinda em termos de asseio, higiene e preservação das suas cidades, tradições e identificação.

 

VÍDEOS DE CABINDA






CLIPES DE MÚSICA DE CABINDA






 

terça-feira, 5 de junho de 2012

POR ONDE ANDA O GRUPO MULEKADA?

POR ONDE ANDA O GRUPO MULEKADA?

Pelo simples fato de eu ter certeza que você acordou hoje com essa pergunta na cabeça. Não?
Foi de brincadeiraaaa…foi de brincadeiraaaa…(8)
Lembrando rapidamente, o grupo Mulekada surgiu no Raul Gil (eu acho) em 1998 e durou até 2003, periodo em que começaram a crescer e perder a graça, o que é totalmente normal, não se sintam ofendidos.
O primeiro CD do grupo Mulekada (composto por Julyana, Jacarezinho e Tatiana) emplacou vários hits como Foi de Brincadeira, Quero Namorar Contigo, Brincar de Teletubbies… etc e tal
O CD foi a porta de entrada para o sucesso não só nacional como internacional. O grupo fez uma turnê em todo o país e também turnê internacional na África que foi um grande sucesso!! (dei crtl V de algum lugar nesse paragrafo, juro que não fui eu que escrevi!)
O grupo Mulekada vendeu mais de 400 mil cópias e também 3 discos de Ouro. Mas como os integrantes mirins estão, 12 anos depois?
- Eles mereceeemm… eles mereceeeem… eles merecemmm…


Julyana Lee (a lorinha)


Segundo seu site oficial: Em 2006, Julyana começou a pensar em retomar a carreira e firmou parceria com a empresária Marcela Rodrigues para a administração de sua nova carreira, agora solo. Logo após a parceria, foi criado o primeiro site oficial da cantora e todos puderam acompanhar sua trajetória no mundo da música. Em 2007, Julyana voltou aos estúdios e começou a preparar músicas para seu projeto solo. Gravou 3 músicas e começou a se apresentar em vários eventos e programas de TV no segundo semestre do ano, junto com seus dançarinos Henrique e Marcos. Em 2008, aos 15 anos, Julyana Lee assinou com a SuperNova Music um grande projeto do seu primeiro CD solo, com 12 músicas inéditas. A gravadora/estúdio apostou no projeto de carreira solo e em setembro 2008 começaram as gravações das músicas. Depois de várias escolhas, ensaios, gravações, o CD Julyana Lee trás um novo som pop no seu melhor estilo contemporâneo, com batidas contagiantes e uma pitada de black music. A eterna loirinha da Mulekada esta com 17 anos hoje em dia.
Blog: http://julyanalee.blogspot.com
Site: http://julyanalee.com.br
Twitter: http://twitter.com/julyanalee
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=15404040784004721525



Tatiana Ruiz (a morena)
Segundo o site não oficial da Tatiana, agora com 17, continua atuando como atriz e cantora.
Site: http://kinders.site50.net/tatianaruiz.html
FormSpring: http://www.formspring.me/Tatianamulekada
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=8884863056862258335


Kleber Ramos (jacarezinho)
Jacarezinho atualmente esta com 16 anos e estava apresentando o Patrulha Nick na Nickelodeon, programa dedicado às crianças. Para alegria geral das crianças da nação, a Rede Brasil lançou a série “A Turma do Pererê”, uma adaptação para a TV dos quadrinhos de Ziraldo. A série, que vai ao ar toda sexta-feira, ensina crianças e adultos a preservar o meio ambiente e a resgatar os valores da cultura e do folclore brasileiro. São vinte episódios divertidíssimos com vinte minutos de duração cada um, que são exibidos (para quem estuda de tarde) às 11h30 e reprisados (para quem estuda de manhã) às 15h30.
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=10918185322265980711



Aposto que você desceu na garrafa enquanto lia esse post. E relembrou os bons tempos do final dos anos 90, né?
Ignore a foto deles de costas. Sério.
E pra fechar com chave de ouro algumas músicas, é claro:


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Micaela Reis namora actor americano Chris Tucker


A ex-miss Angola Micaela Reis e o actor americano americanos Chris Tucker estão a namorar, segundo informações do site mediatakeout". O namoro começou há pouco tempo e eles estão "se conhecer melhor", revela o portal.

De acordo com o site, que classifica a angolana como "é extremamente linda". Os dois foram vistos juntos no tapete vermelho do festival de Cannes e demonstraram cumplicidade no evento.

Actualmente Micaela é o rosto da agência de modelos Elite Model Look e é uma das protagonistas da Novela Windeek do canal 2, em rodagem em Portugal.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

BELEZA FEMININA, SAÚDE E AUTO-ESTIMA

É mais fácil sentir a beleza do que defini-la. Como já foi dito, a beleza é composta de partes iguais de carne, imaginação e crenças - e é aí que mora o perigo, não da beleza em si, mas do que a cultura ocidental determinou como conceito estético feminino.

O movimento cultural ocidental, via moda e publicidade, impinge à mulher uma crença única de beleza: a das modelos, mulheres lindas, mas que não detém o monopólio da beleza. E que, além disso, trabalham no que chamo de “estado de produção”, que significa horas de filmagem e centenas de fotos para menos de trinta segundos de comercial ou uma foto para a divulgação de um produto com direito a tratamento digital posterior.
Como disse Cindy Crawford “nem eu, antes de passar horas com o cabeleireiro e o maquiador, pareço com a Cindy Crawford”. Sem respeitar o próprio biotipo, a mulher vive numa busca desenfreada por esse “padrão” (que de padrão nada tem) ainda que isso lhe custe qualidade de vida, tensão, ansiedade, tristeza, doenças e, em alguns casos, como nos dos transtornos alimentares, a própria vida. Afinal, a anorexia mata em 20% dos casos.
Exposta à mídia, a imagem corporal (auto-imagem) da mulher se deteriora e ela passa a perseguir o tal “ideal” - que se é ideal não é real. Vejo diariamente no consultório mulheres se debaterem nessa busca obsessiva, inclusive modelos. Pesquisas sérias acentuam o fato para populações não clínicas.
Em 2004, a Unilever, por meio da marca Dove, realizou pesquisa de alcance mundial. Ouviu 3200 mulheres em 10 paises, de 18 a 64 anos. Os números foram preocupantes: só 2% em todo o mundo se definiram como “bonitas” e, no Brasil, apenas 1%! 7% das brasileiras fizeram cirurgia plástica e 54% fariam se pudessem. Para 13 %, só as modelos são bonitas e outro tanto trocaria 25% de inteligência por 25% de beleza. Um autêntico “terrorismo estético”!
E mais: acreditam que a beleza traz a felicidade. Se isso fosse verdade, modelos, supostamente detentoras do tal “padrão” deveriam estar muito felizes... Pesquisa por mim realizada com 140 modelos, de 18 anos em diante, revelou que todas estavam insatisfeitas com a sua aparência e queriam emagrecer, em média, 3 kg. A nota média que deram para seus corpos foi 6,3 e para o rosto, 7,2. Mas, tivemos vários “zeros” auto-avaliados por mulheres às quais daríamos 10.
A ciência tem se preocupado com o estudo da beleza. Quando trabalhamos com esse atributo falamos no “ser bonita”, dado biológico, expresso por características físicas que provocam interesse do homem e que indicam saúde, juventude, fertilidade. Num sentido darwiniano, a beleza está ligada à reprodução e ser bela é ser sexualmente atraente, e poder transmitir genes saudáveis. Importante ressaltar que a percepção da beleza feminina pelo homem ocorre em regiões primitivas do cérebro. É uma resposta visceral, não aprendida, universal. Entre os sinais de atratividade, podemos citar a relação cintura-quadril, simetria, lábios grossos, entre outros.
Além do lado biológico, existe o “estar” bonita, englobando a tecnologia da beleza, mais os cuidados pessoais. Higiene, alimentação, atividade física, repouso, procedimentos estéticos, maquiagem, moda, entre outros. A finalidade é acentuar os sinais de atratividade, realçar os pontos positivos e disfarçar os negativos.
Mas, mais importante do que ser ou estar é SENTIR-SE bonita! O grande potencializador da beleza, além da saúde, é presença de uma auto-estima adequada, quando a mulher aceita e valoriza o que é seu, sua identidade estética, seus diferenciais, aquilo que a torna única e não um padrão, seja ele qual for.
A baixa auto-estima está presente como ponto central em todos os transtornos psicopatológicos. Anorexia, bulimia, obesidade, compulsão alimentar, ansiedade, timidez, dificuldades conjugais, a tem como parceira inseparável. Porém, não é necessária a presença de problemas emocionais para que a baixa auto-estima prejudique seriamente a qualidade de vida. Existem pessoas para as quais a felicidade é um ônus. Parecem ter medo de ser feliz. A BAIXA AUTO-ESTIMA, entre outras coisas, FAZ COM QUE SE ALTERE A PERCEPÇÃO DA PRÓPRIA IMAGEM.
Os prejuízos para a mulher são imensos. Em 2005, Dove foi além e, em outro estudo, ouviu 3300 mulheres em 10 países, entre 15 e 64 anos. De novo, os números são impressionantes. 70% evitam situações de vida diária (trabalho, ir à faculdade, entrevista de emprego, emitir uma opinião, compromissos sociais, praia, reuniões, ir ao médico) quando não se sentem bem com sua aparência. 97% das meninas acreditam que mudar algum aspecto físico melhoraria a auto-estima, 90% querem mudar algo em sua aparência; as meninas o peso do corpo, as mulheres a forma. 68% consideram a possibilidade de se submeterem à cirurgia plástica, sendo 53% adolescentes!
Como psicoterapeuta, vejo em meu trabalho diário que mulheres mais bem sucedidas em outras áreas de suas vidas estão mais satisfeitas com sua aparência. Esse dado é ressaltado pelo estudo Dove de 2004. Além disso, mulheres mais satisfeitas com a aparência incluem outros fatores: simpatia, inteligência, humor, felicidade.
Mulheres com auto-estima adequada se aceitam mais e se enxergam melhor. Gostam de si e não se comparam com ninguém. Estão “de bem” consigo mesmas. Respeitam seu biotipo e compreendem que não há beleza sem saúde. Modificam o que pode ser modificado e convivem com o que não podem ou não querem. Compreendem que perfeição não existe e que beleza é muito mais que atração física. Valorizam a real beleza (1), e a vêem como beleza como algo pessoal, não ligada a padrões nem redutível a cor de olhos, cabelo ou pele, medida de cintura ou quadril. É um atributo intimamente ligado à felicidade.
Num sentido amplo, ser bonita é ser feliz!